Cefet/RJ discute docência e educação étnico-racial em evento para servidores
A docente do Cefet/RJ Luciana Espíndola durante a mesa-redonda “As leis nº 10.639 e nº 11.645 e um olhar para o Cefet/RJ Unidade Maracanã”
Na semana do Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial, celebrado nesta sexta-feira (21), o Cefet/RJ promoveu a capacitação “Por um Cefet diverso – docência e educação étnico-racial”, reunindo docentes e servidores técnico-administrativos no Auditório 1 da Unidade Maracanã. O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do Cefet/RJ e fez parte da programação do encontro pedagógico da instituição, realizado nos dias 17 e 18 de março.
A programação incluiu três mesas-redondas, que abordaram temas essenciais, como o racismo e o papel do servidor público, o ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena na educação básica, e a relação entre questões raciais e a educação técnica. As discussões contaram com a participação de membros do NEABI, do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais (PPRER) e do curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais (LEANI), além de professores da Uerj e da UFRJ.
Durante a abertura do evento, a professora Jucilene Alves, coordenadora do NEABI Maracanã, ressaltou o papel do núcleo no acolhimento da comunidade acadêmica e propôs uma reflexão importante para o ano de 2025. “O racismo é uma tecnologia estrutural que não afeta apenas pessoas negras. Este evento foi pensado para que docentes e servidores do Cefet/RJ possam refletir sobre questões ligadas à educação e, assim, construir um ano letivo pautado por essas reflexões e intervenções”, afirmou a professora.
Na primeira mesa-redonda, o professor do Cefet/RJ Danilo Oliveira, especialista em direitos humanos, destacou as várias formas de manifestação do racismo nas escolas e universidades, ressaltando que essa é uma das principais causas de evasão escolar de pessoas negras. “É preciso reconhecer onde está o racismo para depois combatê-lo. Ele também se manifesta em piadas inadequadas, em contextos ‘recreativos’, no preconceito religioso e no apagamento de pensadores e teóricos negros das bibliografias”, explicou o professor.
Sobre a responsabilidade dos servidores públicos, Andreza Costa, chefe da Corregedoria do Cefet/RJ, enfatizou a importância de uma postura ativa diante de situações de discriminação. “Precisamos ser essa ponte, um exemplo de conduta que deixa claro que certas situações são inadmissíveis e que temos um compromisso com uma educação emancipatória”, declarou.
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